domingo, 7 de dezembro de 2014

CAPITULO 2 – Se vou esperar, que não seja sentado

Hoje de manhã a beber café num bar nem sabia no que pensar. Estava num mundo completamente á parte, as pessoas saíam e entravam e eu apenas observava. Até que ao olhar para o lado vi um jornal e peguei nele. Como sempre estava cheio de notícias deprimentes acerca de Portugal e do mundo em geral, economia, desporto, enfim um pouco de tudo estava ali e eu a passar as folhas de um lado para outro só para me divertir.
- “ Pareces um pouco distante e triste hoje Alex, o que se passa? “, olhei para cima e reparei que era a empregada de mesa a falar, sim a mesma que me entornou o café na semana passada para cima de mim.
-“ Oh nada, estava só aqui a ver o jornal, olha vou aproveitar e fazer as palavras cruzadas “- disse eu com um sentimento de raiva e ao mesmo tempo de agradecimento por ela se ter preocupado comigo.
-“ Está bem senão me quiseres dizer, não digas, vais precisar de paciência para fazer isso, boa sorte.” Passado uns 20 minutos faltava-me uma palavra para terminar as palavras cruzadas e eu já estava a dar em doido, não sabia de todo qual era a palavra e precisava mesmo de ajuda então fui perguntar a essa mesma senhora se ela me podia ajudar.
-“ Eu já te disse a resposta a isso quando falei para ti há bocado, só precisas de te esforçar, a chave para conseguires fazer isso tudo até ao fim é seres persistente.“ Eu já estava a ficar farto e ela ao dizer me aquilo ainda me enfureceu mais. Mas foi pouco depois que descobri a palavra - “paciência”. Foi aí que me deu um aperto no coração, logo de seguida a ter descoberto a palavra, larguei o jornal e corri, corri o mais rápido que pude para ir ter a casa para poder acabar o resto da minha carta e entregá-la aos correios senão só daqui 2 semanas é que ela recebia a carta. Percebi que não podia estar sempre a enlouquecer por causa de não obter uma resposta. As cartas vão sempre levar algum tempo até chegar a casa dela, tal como as rosas. Mensagens pela Internet também nunca foi um bom meio de comunicação entre mim nós pois ela nem sempre vai ao facebook ou a outras redes sociais.

Paciência é a palavra- chave, tal como no jornal.

Alex, 12 de Agosto de 2014

( Vão ser publicados 2/3 Capítulos por mês )

sábado, 6 de dezembro de 2014

CAPÍTULO 1 - Á espera ...

Rosas todos os dias ao pé da porta de casa, textos enormes e carinhosos deixados no facebook, cartas entregues todos os meses com corações e poemas que eu tiro da Internet (porque tenho medo de fazer mal os poemas). No entanto, tudo isto não parece chegar. Não o faço porque fica bem ao olhar de quem vê de fora, faço-o porque gosto, faço-o porque não quero que ela se vá embora da minha vida, faço isto porque amo ela. Ainda hoje desde há 3 meses e 6 dias não recebi um único “obrigado “, não recebi uma resposta, ainda espero que ela me responda quer seja por carta, mensagem no facebook ou outra coisa qualquer. Tenho a fé de que vai correr tudo bem, de que todo o esforço sirva para alguma coisa. Fico sempre há espera e não desisto, não vou desistir de tentar, devo tentar, tenho que tentar. Sabes? Viver noutro país e amar uma pessoa de longe é difícil, mas isto é demais! Como é suposto suportar isto? Como é suposto passado este tempo todo desde que ela foi morar para longe viver assim? Como é suposto eu viver sem uma resposta, viver sem ela? Já sei a resposta… O que está errado é eu estar a falar com este estúpido computador que nunca vai me vai responder, talvez como ela…
Só espero que isso não aconteça com ela


Alex, 8 Agosto de 2014